Livro de Charles Zimmermann e a volta ao mundo de bicicleta

Charles Zimmermann na volta ao mundo de bicicleta

Escritor e Viajante

O livro de Charles Zimmermann que fala sobre a volta ao mundo é mais uma dica Ciclotur.
Travessia – 747 dias de bicicleta pelo mundo é, sem dúvida alguma, um sucesso literário, elogiado por personalidades internacionais como o jornalista e escritor Fernando Gabeira.
Presente em dezenas de sites de crítica literária, feiras do livro e em livrarias por todo o Brasil, portanto, obrigatório.
Charles é um escritor e viajante nato.
Seu quinto livro é, na verdade, o primeiro que tem como fio condutor a bicicleta, companhia escolhida por você para “viajar na velocidade das pessoas”.
Ao ler esta obra, a noção que se tem é que a palavra ‘desafio’ não se encaixa perfeitamente neste tipo de empreitada.

Charles Zimmermann seguindo rumo ao Sul da América do Sul

Uma bicicleta para dar a volta ao mundo

Charles, que pedala desde criança nas ruas de Jaraguá do Sul – Santa Catarina, realizou a cicloviagem pelo mundo em dois anos. Diz que a escolha pela bicicleta foi como um instrumento para conhecer o mundo aos poucos. Ele conta como foi decidir pela bicicleta como companheira de viagem:

Em 2004, realizei uma viagem de um ano pela Ásia resultando no livro “Nos Confins do Oriente”. Eu, quando estava em Pequim – China, fiquei observando o balé dos ciclistas pelas ruas. Eram muitos ciclistas, mais que pedestres. Certo dia tomei coragem e fui pedalar entre eles. Entrei em ruelas e parece que comecei a pedalar dentro das casas das pessoas. Da porta, via-os fazendo a refeição, matando o frango, escovando os dentes. Passava rente as roupas estendidas, notava melhor o uniforme das crianças que iam para escola. Daí, foi se moldando a idéia de um dia, quem sabe, sair mundo afora de bicicleta. Fiz outras viagens, ao Continente Africano, a Cuba, à América Central, voltei à Ásia, ao Oriente Médio e sempre que possível alugava ou tomava emprestado uma bicicleta para conhecer as cidades maiores”. 

Viajar na velocidade das pessoas

Eis, portanto, aonde entra a ideia de que o cicloturismo é  “viajar na velocidade das pessoas”. E que ideia maravilhosa!
Charles nos conta que a bicicleta permite sentir, cumprimentar as pessoas, sentir o calor, o frio, perceber os cheiros de cada lugar. Ele define a bicicleta enquanto “rápida o suficiente, para se mover de um povoado a outro, de uma cidade a outra e devagar o suficiente, para se reunir com pessoas“.

Charles Zimmermann na Birmânia

Quanto à escolha pela bicicleta, Charles afirma que aconteceu no embalo de repensar os valores da própria vida. E isto se refere a pensar sobre o modo de viver e de conhecer o mundo. Na França, por exemplo, ele diz que “não é estranho um casal sair em lua de mel fazendo cicloturismo (encontrei um casal francês nessa condição enquanto pedalava pela costa do rio Danúbio, na Alemanha)”.

O cicloturismo é um aliado das experiências de sentido

Charles conta que “nessa onda do slow travel, que convida a observar mais, viver mais o lugar, enfim, a bicicleta se encaixa perfeitamente. A bicicleta, numa viagem, é tendência sem volta, é irreversível. Cada vez mais ela será parte essencial para conhecer lugares, diferentes culturas e pessoas“. 

Charles Zimmermann na volta ao mundo de bicleta

Se percebe, em todas as obras de Charles, uma carinhosa curiosidade pelos modos de vida, cultura e pessoas que encontra. Ele nos oferece uma obra repleta de texto e fotos reveladoras, desmistificando algumas questões que, em muito, habitam o imaginário coletivo e o senso comum preconceituoso sobre o desconhecido.
Aquilo que não é conhecido não deve, necessariamente, ser ruim. Há tanta coisa linda naquilo que não conhecemos.
É isto o que Charles oferta enquanto autor. As paisagens, por sua vez, são o pano de fundo para encontros emocionantes e ricos em troca de conhecimentos.

Grandes encontros na volta ao mundo de bicicleta de Charles Zimmermann

Pedalar e ser Feliz

Na perspectiva de Charles, pedalar por entre caminhos desconhecidos em direção às gentes e seus universos culturais tem um peso especial em sua vida.
Além de tudo, traz um aprendizado constante.
Ele comenta que “viajar de bicicleta consiste em carregar a tua própria casa. O que carregas nos alforjes é tudo o que tens. O que aprendi com a bicicleta é que podemos viver e ser felizes com pouco. Digo que se perdemos todos os bens materiais também podemos ser felizes e é isso que a bicicleta me ensinou. Aprendi que todas as pessoas nesse mundo querem ser felizes e todos nós, nesse mundo, buscamos maneiras de ser felizes“.

Charles Zimmermann

Pedimos ao Charles que deixasse uma mensagem aos seus futuros leitores. E ele começa com a máxima de Raul Seixas: “antes de ler o livro que o guru lhe deu, você tem que escrever o seu . Todos nós temos nossa história de vida para contar, portanto escreva-a. E se tem um sonho de viajar mundo afora, seja de bicicleta, de mochila nas costas, que seja uma viagem sustentável, claro, mas vá. O mais difícil de tudo numa viajem é a partida. É preciso soltar as amarras como diz Amyr Klink”.       

Travessia: 747 dias de bicicleta pelo mundo

Autor. Palavra simples com conteúdo complexo. Aquele que origina algo, que cria a partir da sua forma de ver, pensar e sentir o mundo.
Aquele que elabora um resultado decorrente de sua maneira particular de ser no mundo. Estas seriam, humildemente, algumas formas através das quais ousamos compreender o que está no livro Travessia – 747 dias de bicicleta pelo mundo, do viajante e escritor catarinense Charles Zimmermann.

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