Circuitos de Cicloturismo no Brasil

Criando Circuitos de Cicloturismo no Brasil

O cicloturismo tem crescido no Brasil e ampliado o perfil dos praticantes desse tipo de turismo: a cicloaventura.  Com um perfil climático favorável e muitos atrativos naturais, o Brasil pode despontar como grande destino de cicloturistas. Mas, se não houver a criação de circuitos, o país pode ficar para trás.  Especialistas apontam que é preciso se profissionalizar para estruturar circuitos de cicloturismo no Brasil e gerar experiências e desenvolvimento sustentável às comunidades.

“O Brasil, com suas dimensões continentais e exuberância natural, com a diversidade de cultura e tradições, tem potencial para ser um grande destino mundial de cicloturismo. Desenvolvimento de microrregiões, com parcerias estratégicas entre municípios vizinhos podem contribuir para a economia local e gerar empregos e desenvolvimento sustentável”. escreveu Fabio Magina no artigo “Cicloturismo. Vocação Brasileira? – Um Estudo Descritivo 2016”.

A pandemia acelerou a busca por experiência de viagens ao ar livre e por caminhos menos urbanizados e com aglomerações. “O cicloturismo tinha um perfil muito restrito a um público predominante masculino entre 25 e 45 anos e isso tem mudado. Famílias com crianças, grupos com diversidades de gêneros, mulheres e idosos têm buscado viver a experiência de viajar por um dos circuitos de cicloturismo no Brasil. Tenho tido grande procura de alunos e pessoas iniciantes na bicicleta que desejam realizar o sonho de uma cicloviagem”, declarou Gil Sotero, cicloativista e bike anjo em BH.

Empresas Especializadas

O desenvolvimento de circuitos de cicloturismo no Brasil requer experiência de ciclistas com visão ampla dos benefícios proporcionados pelo ecoturismo. Felizmente há no país  empresas qualificadas, com  cicloempresários que reúnem casos de sucesso, como a Lobi Cicloturismo e Aventura, uma empresa de ecoturismo, com sede no Paraná, focada em desenvolvimento, capacitação, implantação e gestão de circuitos para Cicloturismo autoguiado, Ciclo Aventura e Turismo de Aventura.

O criador da empresa, Ivan Mendes, destaca que o Brasil segue uma tendência mundial em que cicloturistas contribuem para o desenvolvimento do turismo cultural regional: “Há um perfil forte de cicloturista despontando no cenário nacional e que procura escolher pontualmente a estrutura de hospedagem, alimentação e serviços dentro de uma determinada região e que trata de consumir seu tempo entre os deslocamentos e visitações a elementos culturais da oferta turística de cidades e vilarejos”, declarou Ivan.

Dever de Casa

Os municípios que organizam seus circuitos de cicloturismo no Brasil saem na frente. Comentários e relatos de viagens em sites e fóruns, cada vez mais cheios de cicloturistas destacando os pontos positivos e negativos dos trechos, reforçam que é um público também especializado. Isso revela dois outros aspectos do cicloturista: geralmente possui boa instrução e relaciona-se constantemente com seus pares. O cicloturista frequentemente divulga suas aventuras, publica fotos, recomenda trilhas, fala bem – ou mal – dos serviços e da acolhida que encontrou pelo caminho. Isso é certo: muitas pessoas, interessadas ou não, ficarão sabendo onde e como foi cada viagem de cada cicloturista por se tratar de um grande formador de opinião qualificado dentro de comunidades virtuais.

Produtos e Serviços

Se o turista é qualificado, o serviço cicloturístico também precisa ser. Estruturar uma rede de apoio ao cicloturistas e promover uma imersão na cultura local é somente duas das várias medidas para atrair esses viajantes. O especialista Ivan Mendes cita outras que fazem parte do passo-a-passo para implementar e gerir circuitos de cicloturismo no Brasil: “Quando bem atendido, o cicloturista volta sempre. É notadamente um formador de opinião de altíssima qualidade, por se tratar também de um grupo de pessoas de excelente formação cultural, repertório de experiências de viagem invejável.

As autoridades, prefeituras e entidades representativas não necessitam realizar investimentos vultuosos e específicos para o cicloturismo. Ao manter as vias de trânsito bem sinalizadas, conservadas e com tráfego controlado (velocidade condizente com a proteção à vida), atendem tanto ao cicloturista quanto à comunidade local. Nas comunidades receptoras, o cicloturismo pode servir como um gatilho para o cooperativismo e o associativismo”, descreveu Ivan.

Quer promover circuitos de cicloturismo na sua região? Procure o Lobi.

Direção e produção: Ivan Mendes – Texto: Ciclonavegantes